Casa José Saramago abre em Óbidos para difundir escritores e culturas do mundo
“Música, teatro, exposições” são algumas das expressões culturais que, de acordo com Pilar Del Rio, vão passar pela Casa José Saramago, espaço que abriu portas em Óbidos numa parceria entre a Fundação a que preside e a Câmara de Óbidos.
Parte das exposições rotativas da Fundação, sobre a obra de Saramago, passarão pela casa onde a presidente admite que possam também ser apresentadas “peças de teatro com um ou dois actores”, eventos musicais e outras iniciativas que façam “a palavra circular”.
“Não necessariamente a palavra de Saramago”, explicou, lembrando que muita da programação da Fundação não se resume à obra do Nobel da Literatura, nascendo “do trabalho de outros autores e da reflexão de pensadores ou de cidadãos”.
Da colaboração entre a Fundação e a Óbidos Vila Literária nascerá o programa a desenvolver até ao final do ano e que, para Pilar Del Rio, deve ser ajustada a pensar não só em Óbidos, mas nos “dois milhões de visitantes” que anualmente passam pela vila.
Daí o objectivo de “ser uma casa com todas as línguas e todas as culturas” pode onde poderá passar uma exposição prevista para apresentar em Lisboa no último trimestre do ano.
“Em mais pequeno essa exposição tem que vir aqui [à Casa José Saramago]”, afirmou, referindo-se a uma mostra que ainda se discute se se chamará “Rebeldia do Nobel” ou “23 [Prémios] Nobel vistam Óbidos”.
Pilar prefere a segunda hipótese, antecipando já a visão “das pessoas a virem passando e encontrando os seus autores, dos seus países, da sua cultura, da sua língua” na mostra que reunirá frases de 23 autores galardoados com o prémio, tanto na literatura como na música.
A Casa José Saramago tem também instalada, a partir de hoje, a sede de Óbidos sede da Cidade Criativa da Literatura [galardão atribuído pela Unesco em Dezembro de 2015], “cuja necessidade já se fazia sentir”, afirmou à Lusa a directora executiva, Celeste Afonso.
“A maioria das pessoas não faziam ideia de quantas era e que eram tão diversificadas”, acrescentou, sublinhando a importância de dar a conhecer aquelas cidades.
Dotada de uma biblioteca/sala de leitura (com a obra de Saramago em todas as línguas em que foi traduzido e livros de outros autores), um auditório, uma galeria e um lounge a Casa José Saramago vai convidar “os escritores que vierem aos festivais [literários] a deixarem pelo menos um livro”, afirmou Celeste Afonso.
O primeiro será o “Latitudes”, o segundo encontro de literatura e viajantes que decorrerá entre os dias 26 e 29 e cuja programação decorrerá maioritariamente naquele espaço.
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