Mulheres e meninas indígenas devem ter voz nos espaços políticos, diz agência da ONU

Crianças indígenas Kuna deslocadas por conta dos conflitos armados na Colômbia. Foto: ACNUR/ B.Heger

Crianças indígenas Kuna deslocadas por conta dos conflitos armados na Colômbia. Foto: ACNUR/ B.Heger

A ONU Mulheres uniu-se a todos os povos indígenas no mundo, especialmente mulheres e meninas, na comemoração do Dia Internacional dos Povos Indígenas, lembrado em 9 de agosto.

O tema deste ano, “Línguas Indígenas”, exige garantir que as mulheres e as meninas indígenas tenham voz nos diversos espaços políticos, civis, sociais, econômicos e culturais que ocupem, lembrou a agência das Nações Unidas.

A capacidade das mulheres indígenas de se expressar em seu idioma é fundamental para assegurar sua contribuição à vida pública, já que elas são cidadãs, políticas, defensoras de direitos humanos ou líderes comunitárias, segundo a ONU Mulheres.

A ONU Mulheres uniu-se a todos os povos indígenas no mundo, especialmente mulheres e meninas, na comemoração do Dia Internacional dos Povos Indígenas, lembrado em 9 de agosto. O tema deste ano, “Línguas Indígenas”, exige garantir que as mulheres e as meninas indígenas tenham voz nos diversos espaços políticos, civis, sociais, econômicos e culturais que ocupem, lembrou a agência das Nações Unidas.

A capacidade das mulheres indígenas de se expressar em seu idioma é fundamental para assegurar sua contribuição à vida pública, já que elas são cidadãs, políticas, defensoras de direitos humanos ou líderes comunitárias, segundo a ONU Mulheres.

Também é essencial para seu acesso a serviços públicos, incluindo os serviços essenciais de atenção sanitária que atendam os critérios de direitos humanos de disponibilidade, acessibilidade e qualidade, lembrou a ONU Mulheres.

“Obstáculo linguístico nunca deveria ser utilizado como motivo para rejeitar as mulheres indígenas em um centro de saúde ou para negar-lhes o acesso a serviços vitais, como a atenção da saúde reprodutiva.”

“Quando as mulheres indígenas buscam o acesso à justiça formal e das instituições de justiça indígena, acessibilidade significa o respeito a seu direito à interpretação e a falar na língua que lhe é familiar. Os sistemas educacionais, da primeira infância ao ensino fundamental, médio, superior, formação profissional e aprendizagem de pessoas adultas, devem respeitar as necessidades linguísticas das mulheres e meninas indígenas e, tal quanto for possível, devem promover a educação bilíngue.”

Para a ONU Mulheres, os idiomas não são somente um meio de comunicação, mas parte essencial de história, arte, tradições orais, literaturas e visões de mundo das comunidades indígenas. Como guardiãs das suas distintas culturas, as mulheres indígenas desempenham papel vital na transmissão de suas línguas às gerações futuras, preservando a identidade, a diversidade e a coesão social.

No entanto, as línguas indígenas, assim como os meios de vida, as culturas, os territórios ancestrais e os recursos naturais desses povos, seguem ameaçados pela exploração desmedida dos recursos naturais que pressupõem desapropriação e deslocamento. Hoje, das cerca de 7 mil línguas faladas no mundo, estima-se que a maioria (96%) seja falada por apenas 3% da população mundial, incluindo um número significativo de indígenas.

“Hoje, nos unimos às mulheres e meninas indígenas em seu chamado para recuperar, conservar e manter seus idiomas e falar com vozes fortes e firmes para que sejam ouvidas claramente em todos âmbitos de sua vida.”

Fonte: Nações Unidas Brasil


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