UNESCO: Meninas têm duas vezes menos chances de ingressar na educação formal

africa

A África Subsaariana foi apontada como uma das regiões onde a falta de oportunidades de educação para meninas é particularmente mais alta do que no resto do mundo. Foto: ONU / Tobin Jones

Em média, em todo o mundo, cerca de 16 milhões de meninas entre seis e 11 anos nunca colocarão o pé em uma escola; África Subsaariana, Ásia e países árabes são as regiões com maiores índices de disparidade de gênero.

Cerca de 16 milhões de meninas entre seis e 11 anos nunca terão a chance de aprender a ler e a escrever na escola primária. O número equivale ao dobro de meninos que serão privados do ensino formal, mas em escala bem inferior do que o público feminino. Em regiões como a Ásia Ocidental e Meridional, a proporção já alarmante de 50% sobre para 80%.

As estimativas são da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) que, na semana passada (2), chamou atenção para o modo como a desigualdade de gênero afeta, ao longo da vida, estudantes de todo o mundo – mas principalmente, dos Estados árabes, da África Subsaariana e de porções do continente asiático.

Na África Subsaariana, a agência da ONU estima que 9,5 milhões de meninas jamais colocarão o pé em uma sala de aula, em comparação com um contingente de 5 milhões de garotos que também não terão acesso à educação. No total, mais de 30 milhões de jovens entre seis e 11 anos não frequentam qualquer escola nessa região.

Na Ásia Ocidental e Meridional, 16% dos meninos fora da escola não terão contato com a educação formal durante suas vidas. O índice sobre para 80% quando considerado o público feminino. Em países árabes, a UNESCO não conseguiu apurar números precisos devido aos conflitos na região. A agência da ONU, no entanto, acredita que a maioria dos excluídos dos sistemas de educação seja composta por meninas.

“Temos que trabalhar em todos os níveis, dos mais básicos até os líderes globais, para colocar a igualdade e a inclusão no centro de todas as políticas, de modo que todas as meninas, quaisquer que sejam suas circunstâncias, vão para a escola, permaneçam na escola e se tornem cidadãs empoderadas”, afirmou a diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova.

A pesquisa organizada pela UNESCO também aponta que as desigualdades de gênero perduram até a educação superior.

“Nós claramente observamos onde as injustiças começam e como elas se acumulam durante as vidas das meninas e mulheres mais marginalizadas”, disse a diretora do Instituto da agência da ONU para Estatísticas, Silvia Montoya. “Mas os dados também mostram que as meninas que conseguem começar a escola primária e fazer a transição para a educação secundária tendem a ter um desempenho melhor que o dos meninos e a continuar seus estudos.”

Acesse aqui o mapa interativo com dados da UNESCO sobre a desigualdade de gênero na educação de mais de 200 países e territórios.

Fonte: ONU Brasil

IPOL Pesquisa
Receba o Boletim
Facebook
Revista Platô

Revistas – SIPLE

Revista Njinga & Sepé

REVISTA NJINGA & SEPÉ

Visite nossos blogs
Forlibi

Forlibi - Fórum Permanente das Línguas Brasileiras de Imigração

Forlibi – Fórum Permanente das Línguas Brasileiras de Imigração

GELF

I Seminário de Gestão em Educação Linguística da Fronteira do MERCOSUL

I Seminário de Gestão em Educação Linguística da Fronteira do MERCOSUL

Clique na imagem
Arquivo
Visitantes