UNESCO homenageia escritor negro norte-americano em dia mundial da poesia
No Dia Mundial da Poesia, 21/03, ano de 2018, a UNESCO celebrou a trajetória e os versos do norte-americano Langston Hughes, um dos expoentes do movimento literário e cultural conhecido como a Renascença do Harlem. Nesse bairro de Nova Iorque, artistas e intelectuais desenvolveram formas particulares de expressão e de reflexão durante os anos 1920 a fim de afirmar sua negritude na sociedade estadunidense.
A chefe da agência da ONU, Audrey Azoulay, lembrou que Hughes “colocou sua arte a serviço da luta contra a discriminação sofrida pela comunidade afro-americana”.
Em mensagem para a data, a dirigente afirmou que a obra de poeta, romancista e dramaturgo “é inseparável de seu compromisso com os direitos civis e continua a ser uma fonte de inspiração para todos os defensores das liberdades fundamentais em todo o mundo”.
Audrey acrescentou que a poesia é “essa arte única que nos faz conscientes da extraordinária diversidade humana: a diversidade de línguas e culturas”.
“É um ponto de encontro entre o indivíduo e o mundo. É uma introdução à diferença, ao diálogo e à paz. É um testemunho da universalidade da condição humana para além das inúmeras formas utilizadas para descrevê-la”, completou a diretora-geral da UNESCO.
Cultivar a arte é cultivar a paz
Na avaliação de Audrey, a data internacional, celebrado anualmente desde 1999, é “uma ocasião para celebrar a riqueza do patrimônio cultural e linguístico mundial”.
“É também uma ocasião para chamar atenção para as formas tradicionais de poesia que correm o risco de desaparecer, como é o caso de muitas línguas minoritárias e pouco usadas”, alertou.
A chefe do organismo internacional explicou que “para manter as tradições vivas, a UNESCO incluiu várias formas poéticas no patrimônio imaterial da humanidade: por exemplo, a arte poética do canto Ca Trù do Vietnã, Al’azi dos Emirados Árabes Unidos, as canções Baul do Bangladesh e o patrimônio oral de Gelede, compartilhado pelas comunidades iorubás-nagôs que vivem no Togo, em Benim e na Nigéria”.
Audrey lembrou ainda que “a poesia não se limita ao aspecto artístico: é também uma ferramenta para a educação formal e informal”.
“Nesse sentido, as artes e práticas culturais fornecem apoio efetivo para a aprendizagem ao longo da vida.”
A dirigente concluiu sua mensagem dizendo que “cultivar a arte e cultivar a mente são ações que também significam cultivar a paz”.
Fonte: Nações Unidas Brasil
Deixe uma resposta
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.