cultura e tecnologia

Conheça a plataforma interativa “Mapa dos Conflitos” !

O Mapa dos Conflitos é uma parceria inédita da Agência Pública com a Comissão Pastoral da Terra, a CPT, única entidade a realizar uma pesquisa anual sobre os conflitos no campo no país.

Pela primeira vez a CPT forneceu a um veículo jornalístico toda a sua base de dados sobre conflitos no campo, um trabalho fundamental que já tem mais de 30 anos. E o que fizemos com esses dados?

O Mapa dos Conflitos.

Essa nova plataforma interativa permite a navegação pela Amazônia Legal, uma região enorme que junta 9 estados do Brasil (61% do nosso território) e que, se fosse um país, seria o 6º maior do mundo.

Nela você pode consultar os municípios e os conflitos registrados em cada um deles na última década — entre 2011 e 2020. São mais de 580 municípios afetados, mais de 7 mil ocorrências de conflitos, mais de 100 mil famílias afetadas, mais de 2 mil vítimas, mais de 300 assassinatos.

Para explicar: conflitos para a CPT são ações de resistência e enfrentamento que ocorrem em diferentes contextos sociais no âmbito rural, envolvendo a luta pela terra, água e direitos e pelos meios de trabalho ou produção.

Nós também estamos relacionando esses dados de conflitos com outros dados públicos que envolvem outras temáticas como desmatamento, queimadas, mineração, água, agrotóxicos, violência e desigualdade.

Apresentamos esse amplo levantamento de forma muito didática, com visual gamificado, pra você ver a relação entre conflitos x desmatamento, conflitos x mineração, conflitos x queimadas e por aí vai… são 7 lentes comparativas.

Além de ser uma forma de estimular o interesse dos leitores pelos conflitos no campo por meio da visualização de dados, o Mapa também fornece uma base valiosa para jornalistas e pesquisadores produzirem suas reportagens, artigos e análises. Também é uma plataforma que pode ser trabalhada em sala de aula pelos professores. Além disso, a ferramenta tem versões em inglês e espanhol, para ser utilizada também pelo público estrangeiro. A ideia é que qualquer pessoa possa entender a complexidade do assunto de forma intuitiva ao pesquisar as informações na plataforma.

Além da visualização de dados, o Mapa dos Conflitos traz duas reportagens, uma sobre os dados mais recentes da CPT que mostram que sob Bolsonaro, a média de ocorrências de conflitos já é a maior da história. E outra que mostra os achados mais interessantes que a equipe da Pública investigou na década a partir dos cruzamentos do Mapa. Na plataforma, também é possível encontrar a animação “Os conflitos de terras em 5 minutos”, narrada pelo escritor Itamar Vieira Júnior.

Primeiro Museu Multimídia Kaingang é lançado em Santa Catarina

Projeto online preserva e difunde patrimônio imaterial de comunidade indígena de Chapecó

O primeiro Museu Multimídia Kaingang do oeste de Santa Catarina, lançado nesta semana, nasceu a partir da escuta dos povos originários da região. Através de fotos e áudios, “Origens: rituais de resistência” traz histórias contadas por indígenas Kaingang moradores da Terra Indígena Toldo Chimbangue, em Chapecó/SC. O museu pode ser visitado virtualmente.

“Pensamos em um museu online, democrático, que possa ser acessado por pessoas de qualquer lugar no mundo, para que conheçam essas histórias e a diversidade cultural da nossa região, para que ela se dissemine, se difunda”, explica a fotojornalista e pesquisadora do projeto, Sirli Freitas.

Em uma abertura simbólica, na quarta-feira, 20 de abril, a equipe entregou uma placa com um QR Code impresso na escola indígena Fen’No, que direciona a comunidade para o Museu.

Placa com nome do projeto e QR Code que direciona para página do museu é instalada em aldeia indígena. Foto: Sirli Freitas.

O conteúdo disponibilizado na plataforma trata ao menos de sete temas importantes para a comunidade: saúde e saberes de cura, o parto, lideranças femininas, lugares sagrados, a história de Índio Condá, arte e cosmologia Kaingang. A ausência dessas perspectivas na história oficial, que aprendemos muitas vezes na escola, é um dos motivos que impulsionou esse projeto.

“Conhecemos a nossa história a partir do que nos é ensinado pelos livros na escola, mas eles não trazem o ponto de vista dos povos indígenas. Eu acredito ser imprescindível e urgente que a nossa história possa ser contada pelos povos originários, por quem já estava aqui desde antes da chegada do colonizador, para que possamos realmente conhecê-la”, enfatiza Sirli.

Os saberes de cura Kaingang são temas de um dos vídeos disponibilizados no museu. Foto: Sirli Freitas.

O Museu integra o projeto “Origens” que foi desenvolvido ao longo de dois anos na TI Toldo Chimbangue. Durante esse tempo, uma equipe de pesquisadores, jornalistas e produtores culturais, orientados por lideranças e professores indígenas, vivenciaram a comunidade e registraram suas memórias, escolhendo a oralidade e a imagem como elementos de construção dessas narrativas.

O projeto, contemplado pelo Edital de Fomento e Circulação das Linguagens Artísticas de Chapecó, traz como objetivo preservar o patrimônio imaterial da comunidade. De acordo com Jandir Santin, produtor executivo, a ideia é que os indígenas Kaingang possam seguir gerando e difundindo conteúdo através dos canais de comunicação criados.

“Nós desenvolvemos um projeto, contemplado pelo edital do Governo do Estado através da Fundação Catarinense de Cultura, onde desenvolvemos oficinas com estudantes e professores da Escola Fen`nó, ensinando e repassando elementos técnicos do audiovisual. Trabalhamos o processo de inclusão digital na comunidade para que eles possam ter conhecimento técnico e autonomia para contar e salvaguardar as suas histórias.”

Comunidade indígena participa de oficina de inclusão digital promovida pelo projeto. Foto: Sirli Freitas.

Os conteúdos disponibilizados pelo projeto estão disponíveis nas seguintes plataformas:

Site do Museu: https://www.rituaisderesistencia.com.br/

Instagram: @rituaisderesistencia

Spotify: Podcast Fabular Kaingang

Youtube: Origens Rituais de Resistência

 

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Jogo desenvolvido na USP ensina cotidiano de povos pré-coloniais brasileiros

Desenvolvido por pesquisadores do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, “Sambaquis: Uma História Antes do Brasil”, jogo virtual e gratuito, permite explorar o cotidiano de antigos grupos indígenas

Jogo Sambaquis – Uma História Antes do Brasil ensina sobre povos pré-coloniais – Imagem: Arte sobre foto

 

Conchas de moluscos, ossos de peixes, pássaros e mamíferos e outros materiais orgânicos eram utilizados para construir os sambaquis, estruturas montanhosas de origem humana, que podem ser observadas ao longo de boa parte da costa brasileira. Estudos sugerem que as formações teriam sido produzidas há 8 mil anos por povos pré-históricos que habitavam o litoral do País.

Além do Sambaquis, o Arise possui mais dois jogos: o Projeto Arqueologia Antártica e o Arqueologia R. A. – Grupos Pré-Coloniais de Santa Catarina.

Os demais projetos do grupo podem ser encontrados no site: www.arise.mae.usp.br

  
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Desenvolvido por pesquisadores do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, “Sambaquis: Uma História Antes do Brasil”, jogo virtual e gratuito, permite explorar o cotidiano de antigos grupos indígenas

Jogo Sambaquis – Uma História Antes do Brasil ensina sobre povos pré-coloniais – Imagem: Arte sobre foto

 

Conchas de moluscos, ossos de peixes, pássaros e mamíferos e outros materiais orgânicos eram utilizados para construir os sambaquis, estruturas montanhosas de origem humana, que podem ser observadas ao longo de boa parte da costa brasileira. Estudos sugerem que as formações teriam sido produzidas há 8 mil anos por povos pré-históricos que habitavam o litoral do País.

Mas, afinal, o que a arqueologia sabe sobre as populações que construíram os sambaquis? No jogo Sambaquis – Uma História Antes do Brasil, desenvolvido pelo grupo de pesquisa Arqueologia Interativa e Simulações Eletrônicas (Arise), do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP, pesquisadores reuniram informações sobre o cotidiano desses grupos, que podem ser acessadas de forma dinâmica e divertida.

O cenário do jogo se passa cerca de 3 mil anos atrás, nos sítios arqueológicos onde se localizam os sambaquis. O jogador pode explorar o ambiente, conversar com outros personagens e vivenciar o cotidiano do grupo indígena, que se prepara para realizar o funeral da anciã da tribo.

A proposta é que o jogo seja utilizado como uma ferramenta didática para o ensino básico e fundamental. Além de apresentar conteúdos sobre as sociedades sambaquieiras, o game também desmistifica a concepção padrão do indígena desnudo, com o rosto pintado e usando cocar. Professores interessados em aplicar o jogo na sala de aula contam com apoio de um guia didático, com informações adicionais e sugestões de atividades.

A edição mais recente do jogo pode ser instalada em dispositivos Android, por meio do Google Play. A primeira versão, exclusiva para computadores, foi lançada em 2019 a partir de uma parceria do Arise com o MAE e a Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul). O download pode ser feito no site do Arise, neste link.

Confira o vídeo explicativo do jogo:

Além do Sambaquis, o Arise possui mais dois jogos: o Projeto Arqueologia Antártica e o Arqueologia R. A. – Grupos Pré-Coloniais de Santa Catarina.

Os demais projetos do grupo podem ser encontrados no site: www.arise.mae.usp.br

  
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