Pachamama, Cinema de Fronteira Itinerante, chega na cidade mais indígena do Brasil

Equipe Pachamama com seu telão inflável - Foto: Breno Bigi.

Equipe Pachamama com seu telão inflável – Foto: Breno Bigi.

Pachamama, Cinema de Fronteira Itinerante, chega na cidade mais indígena do Brasil

Cinema ao ar livre e oficinas marcam a itinerância do Festival em São Gabriel da Cachoeira

As águas escuras do Rio Negro, no Amazonas, levaram a equipe do Festival Internacional Pachamama – Cinema de Fronteira, no mês de abril, até as cidades de São Gabriel da Cachoeira, divisa com Colômbia e Venezuela, e Barcelos, conhecida pela exportação de peixes ornamentais e a pesca esportiva, onde realizou-se oficinas de audiovisual com jovens locais e Mostras de filmes latino americanos e indígenas.

Em cada cidade, a equipe ficou por volta de uma semana, e, como explica o diretor do projeto, Sérgio de Carvalho, a proposta, além de oferecer a mostra de cinema e a oficina, é a de criar pontes, promover o intercâmbio cultural entre fazedores de cultura da Amazônia, estabelecer parcerias e ir de encontro a missão do Festival de criar uma rede na região.

São Gabriel da Cachoeira, distante quatro dias de barco de Manaus, a primeira cidade beneficiada pelo projeto, foi escolhida por ser a mais indígena do Brasil e por ser cidade fronteiriça, tendo tudo a ver com a proposta do evento. Ainda de acordo com Carvalho: “ Nossa intenção é a de levar cinema de qualidade para as populações que não tem acesso, promovendo a fruição de nossos filmes. Sobretudo, buscamos provocar a reflexão sobre o tema da identidade, principalmente, amazônica, indígena e andina. Nos interessa a questão indígena e amazônica. A Mostra Itinerante, mais que um evento, tem a proposta de um grande encontro, é quando o nosso conceito enquanto Festival realiza-se na prática”.

Com um telão inflável de 10×8 metros, realizou-se a exibição em São Gabriel da Cachoeira na orla da praia, na véspera do dia do índio, nas margens do rio Negro, para um público de aproximadamente 500 pessoas. No repertório, contou-se com a projeção de curtas metragens latinos, acreanos e produções realizadas por diretores de São Gabriel, como “Declaração Cabocla”, filme de um minuto de Paulo Rodrigues, que foi ovacionado durante a Mostra, com direito a bis.

Ainda no município de São Gabriel da Cachoeira, o Festival realizou uma Mostra na comunidade indígena de Tapajós, composta por 11 etnias diferentes, como Baniwas, Barés e Tukanos.

Além das exibições cinematográficas, o Festival Pachamama – Cinema de Fronteira, promoveu rodas de conversas sobre cultura com alunos das escolas públicas da cidade e realizou vídeos para sua web série Pachamama Itinerante.

O Festival Pachamama – Cinema de Fronteira itinerante é uma realização do Ministério da Cultura, por meio do Fundo Nacional de Cultura, contemplado pelo Edital Amazônia Cultural e conta com o apoio cultural do Coletivo Difusão, Ponto de Cultura Indígena do Rio Negro, Prefeitura Municipal e Secretaria de Cultura e Turismo de Barcelos, Prefeitura Municipal e Secretaria de Cultura de Iranduba, FOIRN, Espaço Cacuri, Cine alto Rio Negro, RENAJOC, Galeria Puxirum e Fundação de Cultura Elias Mansour.

Fonte: Jornal de Humaitá

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