Línguas indígenas é tema de mesa plenária do ‘Abralin em Cena Amazonas’

Línguas indígenas é tema de mesa plenária do ‘Abralin em Cena Amazonas’ na Universidade do Estado do Amazonas

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O “Abralin em Cena Amazonas” acontece na Escola Normal Superior, da UEA, até o dia 9 de maio, para professores e estudantes de graduação e pós-graduação de cursos das áreas de Linguística e Letras. Foto: Divulgação/UEA

Com o objetivo de discutir questões referentes à descrição das línguas indígenas brasileiras, em especial as línguas indígenas faladas na Amazônia, professores da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e da Universidade Federal do Pará (UFPA) participaram, na quarta-feira (7), da primeira mesa plenária do evento promovido pela Associação Brasileira de Linguística, o “Abralin em Cena Amazonas”.

De acordo com o mediador da mesa, doutor Frantomé Pacheco, o evento mostra o potencial científico e a importância social dos estudos de línguas indígenas para as comunidades e para a ciência em geral. “O principal objetivo é fazer a divulgação das pesquisas feitas com diversas línguas pelos pesquisadores presentes e incentivar os alunos a conhecerem mais essa área, de modo que mais pessoas se engajem nesse trabalho que é documentar e conhecer melhor as línguas indígenas ainda faladas na Amazônia”.

Pacheco ressaltou que essa foi uma oportunidade que Abralin ofereceu aos pesquisadores que trabalham com essas línguas indígenas na Amazônia de apresentarem a diversidade linguística encontrada não só nessa região como em todo o País.

Com 24 anos de experiência, a professora doutora Marília Ferreira, da UFPA e presidente da Abralin, destacou a necessidade de se fazer um trabalho para despertar o interesse dos alunos por estudos de línguas indígenas, uma vez que existe um potencial científico muito grande neste campo da pesquisa. “Um profissional que faz descrição de línguas indígenas está pronto e preparado para trabalhar com quaisquer outras línguas”, ponderou.

Segundo a professora, estudos recentes do Museu Paraense Emílio Goeldi revelaram que no Brasil existem 154 línguas indígenas, das quais 72% estão na região da Amazônia. Outro dado é que 68% dessas línguas têm pouco ou nenhum estudo feito e 36 línguas correm risco de extinção imediata, ou seja, variando entre 1 a 10 falantes que em geral são idosos. Dessas 36 línguas, 33 são faladas na região amazônica. “Por isso, a conclusão a que chegamos é que tem muito trabalho a ser feito. E o desaparecimento de línguas é uma grande perda para as comunidades nativas, considerando que a língua é o meio de transmissão da cultura e do pensamento tradicional, e uma parte muito importante da identidade étnica”, concluiu.

Ferreira salientou que para os linguistas essa situação é uma perda irreparável, visto que quando uma língua desaparece todo um conhecimento é deixado de ser documentado.

O “Abralin em Cena Amazonas” acontece na Escola Normal Superior, da UEA, até o dia 9 de maio, para professores e estudantes de graduação e pós-graduação de cursos das áreas de Linguística e Letras.

São parceiros no “Abralin em Cena Amazonas”, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI-AM), UEA, e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Abralin.

Fonte: CiênciaEmPauta, por Mirinéia Nascimento

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