Jovem brasileiro cria mão mecânica que reproduz sinais de LIBRAS

Estudante de mecatrônica, o carioca Tito Leal teve a ideia ao perceber que poucas escolas do Brasil estão preparadas para lidar com alunos surdos e mudos

A vida dos deficientes brasileiros não é nada fácil. É realmente difícil encontrar escolas públicas capazes de atender um aluno surdo ou mudo de maneira eficiente, por exemplo – e não são todos os pais que têm o cuidado de matricular seus filhos em um colégio especial, dotado de professores qualificados para lidar com esse tipo de obstáculo na aprendizagem.

Foi pensando nisto que o carioca Tito Leal, estudante de mecatrônica na Escola Técnica Rezende-Rammel, se juntou aos seus amigos para desenvolver uma mão mecânica capaz de reproduzir os símbolos utilizados pela Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). De acordo com o jovem, a ideia do projeto é auxiliar professores a instruir alunos especiais de uma maneira muito mais simples e envolvente, utilizando para isto um equipamento bastante acessível.

Mão robótica consegue reproduzir sinais de LIBRAS

A mão mecânica se conecta a um computador e basta usar um software especial para fazer o membro artificial reproduzir as letras do alfabeto português em LIBRAS. O aparelho é feito com placas de polipropileno, mesmo material usado em tábuas de corte de carne. Os movimentos da mão, por sua vez, são realizados por dedos feitos de correntes de bicicleta e são acionados por cabos de aço e de servomotores.

Tito afirma que sempre teve interesse nas áreas de robótica e automação mecânica. “Eu e meu grupo procurávamos algo dentro da mecatrônica que resolvesse um problema de grande relevância social. E quando decidimos o que fazer, recebemos todo o apoio necessário do nosso orientador”, afirma o jovem. “Conseguimos reproduzir seis sinais em LIBRAS com perfeição. Ainda não tivemos a oportunidade de testar em crianças com deficiência em alfabetização, mas o projeto foi muito bem recebido por quem entende a linguagem de sinais. Futuramente, o protótipo poderá ser implantado em feiras, shoppings e lojas, o que facilitará a vida dos surdos e mudos, que poderão se comunicar melhor com o mundo”, finaliza.

Fonte: Tecmundo.

 

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