Inventário da Língua Pomerana – lançamento em Pomerode, SC
No sábado, 25 de fevereiro, a Biblioteca Municipal de Pomerode recebeu mais uma edição da tradicional Hora do Conto. O evento, que tem como objetivo de incentivar a leitura, foi especial com o lançamento do livro “Coroa de Ferro, Coroa de Prata”, da jovem escritora pomerodense Laura Spaniol Souto, e também da apresentação dos resultados do Projeto Inventário da Língua Pomerana, desenvolvido pelo Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística (IPOL).
Inventário da Língua Pomerana
Durante a Hora do Conto também foi apresentado o Inventário da Língua Pomerana. O principal intuito da proposta é conhecer e preservar riquíssimas tradições herdadas de nossos antepassados. “Essa entrega representa o reconhecimento do IPOL, que realizou uma pesquisa e agora está devolvendo o resultado dela, tanto para a biblioteca como para as pessoas que participaram das rodas de conversa e trouxeram à tona essas respostas tão importantes para o município”, afirmou a historiadora e museóloga, Roseli Zimmer.
Os encontros de articulação para realização do projeto, que foi aplicado pelo IPOL com o apoio da Prefeitura Municipal de Pomerode, ocorreram em junho de 2019. “Esse inventário foi criado para manter a língua pomerana falada, escrita e talvez até ensiná-la nas escolas em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Espírito Santo. A esperança é de plantarmos essa semente, mantermos as tradições, a fala e a escrita pomerana”, declarou Genrado Riemer, participante do projeto.
Ao todo, quatro localidades do município (Pomerode Fundos, Testo Central, Testo Alto e Testo Rega) receberam as rodas de conversa, que foram organizadas por articuladores locais, para coletar dados e informações para inventariar a língua Pomerana na cidade. “Pomerode é a cidade mais alemã do Brasil, mas que nunca esquece a origem dos nossos primeiros antepassados, que em sua maioria também foram pomeranos. Esse foi um momento muito especial de ouvir os relatos daqueles que participaram dos encontros, para que todos nós possamos abraçar esse compromisso de lutarmos para mantermos as nossas tradições e a nossa cultura, que também ajudou a contar a história dos pomeranos em Pomerode”, completou Ércio.
“Ter esse resgate e a contextualização é algo mágico, porque a gente consegue manter a história, a cultura e as tradições, mostrando isso para as novas gerações. Acredito que isso é uma pequena semente plantada para gerar ainda mais frutos”, disse o diretor de Cultura, André Cristiano Siewert.
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