Asiáticos estão cada vez mais interessados em aprender português
Asiáticos estão cada vez mais interessados em aprender português
Isabel Vilhena
A língua portuguesa, que é falada por mais de 200 milhões em todo o mundo, começa a despertar um especial interesse junto dos estudantes asiáticos.
A abertura do segundo semestre da 22ª edição do curso anual de Português Língua Estrangeira, na Universidade do Minho (UMinho) espelha essa vontade, conhecendo um autêntico ‘boom’ de estudantes provenientes dos países asiáticos, nomeadamente de Macau e da China.
Este ano, pela primeira vez, no segundo semestre houve duplicação de todas as turmas, num total de 130 estudantes (mais 60 em relação ao anterior) na sua maioria asiáticos que se mostram cada vez mais interessados em aprender português.
As razões apontadas para este crescente interesse pela língua portuguesa são múltiplas. Segundo Isabel Mateus, coordenadora da área de português língua estrangeira no Instituto de Letras e Ciências Humanas da UMinho, “os estudantes asiáticos procuram, acima de tudo, uma plataforma europeia. Trabalhar, desenvolver as suas competências ao nível da língua portuguesa porque isso lhes permite desenvolver de uma forma mais eficaz tudo aquilo que são as suas áreas de investimento”.
Por seu turno, Maria Cristina Álvares, directora do BabeliUM – Centro de Línguas, realçou que o volume de actividade do BabeliUM tem crescido mesmo em contexto de crise. “É a consolidação do esforço que o Instituto de Letras e Ciências Humanas tem feito na promoção do multilinguismo, esforço esse que foi consolidado e exponencialmente aumentado com a criação do centro de línguas – BabeliUM. Os frutos estão a colher-se, temos cada vez mais protocolos e mais estudantes para aprenderem português connosco”.
“Este ano, tendo em conta os protocolos com universidades, sobretudo de Macau e da China continental, temos esta imensidão de estudantes asiáticos, sendo que dois grandes grupos vêm da Universidade de Macau e da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, com a qual estabelecemos protocolo recentemente e que envia, pela primeira vez, 25 alunos para o curso”.
Fonte: Correio do Minho