povo inuite

Mulher inuk ensina sua língua online para estimular a reconexão com a cultura inuíte

Miali Coley-Sudlovenick é moradora do estado de Nunavat, no Canadá, e há dez anos ela dá aulas de aulas de inuite, língua dos povos indígenas do Canadá, do Alaska e da Groenlândia. Em um trabalho para manter o idioma vivo, a canadense com ascendência inuk e jamaicana decidiu dar aulas online para estimular pessoas com origens indígenas a conhecer a língua dos seus antepassados.

Professora busca ensinar a língua dos inuits para fortalecer os povos indígena no Canadá. Foto: Reprodução/Facebook

A língua dos inuts hoje é falada por cerca de 40 mil dos 65 mil indígenas do Canadá. A história do trabalho de Miali ganhou ainda mais força durante os últimos anos por conta das denúncias contra igrejas cristãs, que mantinham escolas para crianças indígenas em condições precárias e eram forçadas a falar inglês e francês.

Entre 1876 e 1947, mais de 150 mil jovens de povos originários passaram por esse tipo de instituição e entre 3 mil e 30 mil crianças morreram em um sistema de genocídio contra indígenas.

A mãe de Miali acabou passando por uma dessas escolas, mas não esqueceu a sua língua originária e a transmitiu para a hoje professora de inuíte.

“Não é necessário entender porque é importante conhecer a sua língua ancestral. Perguntar isso é como pergunar porque água é importante. Precisamos disso, existe algo praticamente inato dentro de nós procurando pela parte de nós que é buscar sua identidade. Eu quero devolver às pessoas sua língua e auxiliá-las a reencontrar o que elas tem procurando desde sempre”, explicou a professora à CNN.

– Ilha devolvida a indígenas na Califórnia é vitória sem precedentes na luta por direitos dos povos originários 

Uma das alunas de Miali é Tabisa Kilabuk, ativista pelos direitos indígenas. “Para ser apta a advogar por minha comunidade e ser um ativista pelos povos indígenas, eu preciso ser apta a me expressar de uma forma que é verdadeiramente inuk. O inglês é simplesmente insuficiente para comportar isso. Me conectando com nossa língua, possuo um entendimento maior sobre mim mesmo e sobre o nosso povo. Isso me dá inspiração para continuar a minha luta”, explica.

Por Redação Hypeness 

 

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