O bilinguísmo como direito na educação escolar para surdos
por João Carlos Gomes, Roseane Ribas de Souza
O presente trabalho traz uma reflexão da educação inclusiva e do bilinguismo como Políticas Públicas de acesso da comunidade surda na educação escolar. O estudo apresenta como problemática os preconceitos linguísticos da língua de sinais (Libras) e reflete o uso da língua portuguesa nos processos de ensino-aprendizagem da comunidade surda. Os resultados mostram que na maioria das escolas não tem intérprete de Libras, causando uma total exclusão do surdo ao invés de inclusão. No contexto escolar brasileiro, grande parte dos alunos surdos, incluídos na escola regular, não consegue aprender devido à falta de metodologia adequada nos processos de ensino-aprendizagem da comunidade surda. O estudo mostra o bilinguismo como uma conquista da comunidade surda na busca por uma educação autônoma, diferenciada e bilíngue; e o reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais como língua materna na constituição da identidade cultural da comunidade surda. O estudo revela o olhar do multiculturalismo dos pesquisadores envolvidos numa produção literária crítica sobre a educação escolar inclusiva e a sua relação com os processos de ensino-aprendizagem da comunidade surda.
As vantagens do bilinguismo na infância
Dois anos atrás, na reunião anual da Associação Americana para o Avanço das Ciências (AAAS, na sigla em inglês), Janet Werker, da Universidade de British Columbia, apresentou os resultados de um estudo que mostrava que recém-nascidos que haviam sido expostos a duas línguas diferentes enquanto ainda estavam na barriga da mãe podiam distingui-las após seu nascimento. No encontro deste ano, realizado entre 14 e 18 de fevereiro em Boston, Dra. Werker apresentou suas últimas descobertas sobre os bebês bilíngues. Dessa vez, ela observou bebês com sete meses de idade para descobrir como eles conseguem realizar a façanha de distinguir línguas antes de terem qualquer noção gramatical. Ela e Judith Gervain, sua parceira, explicam que o que os bebês distinguem é a prosódia, ou sinais relacionados ao tom e à duração das palavras faladas. E a prosódia, por sua vez, serve como um passo inicial para a aquisição da gramática.
As descobertas foram publicadas no periódico Nature Communications para coincidir com a reunião da AAAS. Elas sugerem que as crianças observam tom e duração familiares para determinar a estrutura de vocalizações não familiares. Os pais podem se confortar com o conhecimento de que seus rebentos não se tornam mentalmente confusos devido à exposição a diferentes línguas, conforme o temor de outrora.
Fonte: Opinião e Notícia. Leia o artigo original, em inglês no The Economist.
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