As línguas de Montréal: bairros anglófonos & francófonos
Guilherme cursa seu PhD em Linguística na McGill University, em Montréal, Québec, no Canadá. E sua experiência ao residir no Canadá vem alimentando seu blog Life In Canada/La Vie Au Canada. No último dia 2 de julho fez uma interessante postagem sobre a distribuição das línguas em Montreal.
O Canadá é bilíngue. Tudo oficial é escrito em inglês e francês; alunos aprendem [pelo menos] ambas as línguas na escola; há universidades que ensinam apenas em inglês, apenas em francês, ou em ambas as línguas.
Brasileiro tem desempenho ruim em língua inglesa
Segundo reportagem da revista Veja, num estudo feito em 76 países, o Brasil ficou em 67º lugar numa avaliação de conhecimento da língua inglesa. Numa escala de 0 a 10, nossa média ficou em 2,95. A Índia obteve 5,6, a Rússia 3,6 e a China, 4,4, sendo para os chineses aprenderem inglês é muito mais difícil, pois na língua deles não há alfabeto, tendo então, eles têm de aprender tudo do zero.
Lei gera polêmica ao autorizar o uso de inglês nas universidades francesas
Um projeto de lei, que autoriza as universidades da França a darem aulas em inglês, discutido atualmente pelo Parlamento do país, está causando grande polêmica. A França é um país historicamente apegado à sua língua. Além disso, o país teve muitas rixas no século XX (e em períodos ainda mais antigos) com a vizinha europeia, Inglaterra, sua rival em algumas guerras. Só as gerações francesas mais novas começaram a interessar pela cultura de outros países e a aprender outros idiomas, como o inglês.
Falantes anglófonos de Quebec se manifestam contra mudanças na legislação linguística
Ativistas pelos direitos da língua inglesa manifestam suas preocupações a cerca da nova legislação linguística, afirmando que fere seus direitos. O projeto de lei 14 pretende alterar a Carta da Língua Francesa (Lei 101 que assegura o direito de viver e trabalhar fazendo uso do idioma Francês), a fim de proteger e fortalecer o francês na província foi aprovado, gerando inquietação entre a população anglófona, que se diz sob ataque do governo da Primeira-ministra Canadense Pauline Marois do Parti Québécois (PQ). Sua preocupação é que as novas regras se destinam a encorajar a utilização do francês em pequenos negócios, assuntos municipais e educação de nível intermediário e superior.