Setembro Azul: mês da visibilidade da comunidade surda e da Língua Brasileira de Sinais

O Setembro Azul é uma iniciativa que acontece anualmente no mês de setembro com o objetivo de dar maior visibilidade à comunidade surda no Brasil. Nesse mês são promovidas ações que destacam os desafios encontrados pela comunidade surda como a exclusão e o preconceito. Diante da sociedade, é como se as pessoas surdas passassem despercebidas pelos ouvintes, invisíveis. O mês também destaca a importância da valorização da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS. A data também serve para ampliar a integração dos surdos e para proposição de políticas públicas em benefício dessa população.

A escolha do mês leva em consideração uma série de fatores, entre as datas significativas para os surdos em setembro está o Dia Nacional do Surdo, celebrado em 26 de setembro, o Dia Internacional da Língua de Sinais, em 23 de setembro, e o dia 30 de setembro, que celebra o Dia Internacional do Tradutor e Intérprete.

No caso do azul, a cor foi resgatada como símbolo de resistência dos surdos no contexto nazista e como uma forma de homenagear os que foram mortos nessa época. Durante a Segunda Guerra Mundial, os nazistas identificavam as pessoas com algum tipo de deficiência com uma faixa azul no braço, por considerá-las inferiores. Com o passar dos anos a cor foi ressignificada, passando a simbolizar ao mesmo tempo a opressão enfrentada pelos surdos e o orgulho da identidade surda.

No Brasil, o 1º de setembro ficou marcado como o dia de promulgação da lei nº 12.319. Essa lei regulamentou a profissão do intérprete de Libras no país. Libras é a Língua Brasileira de Sinais, usada na comunicação dos surdos.

Para o Brasil Escola, o Setembro Azul procura ser um período para promoção de ações que atendam a comunidade surda, trazendo debates sobre os problemas e desafios dela, sobre políticas públicas que podem atendê-la, e sobre como a população deve se conscientizar do direito à inclusão dos surdos na sociedade como um todo.

Sabemos que essa luta não cabe em apenas um mês. O ato de quebrar as barreiras da acessibilidade, exige que nós quebremos os nossos preconceitos e nos aproximemos mais da comunidade surda. É necessário ouvirmos a voz das pessoas surdas, e para isso, a inclusão da Língua Brasileira de Sinais é fundamental. Precisamos da Libras como ensino nas escolas, intérpretes na saúde pública, em estabelecimentos comerciais, bancos, etc. A deficiência está na sociedade, que não acolhe a comunidade surda, e que os impede de aprenderem, consumirem e se divertirem.

Muitas conquistas já foram obtidas, mas ainda há muito o que conquistar. Todos podemos participar da luta da comunidade surda, conhecendo, apoiando e difundindo sua rica cultura.

 

 

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