Projeto em SC vai prevenir e combater a violência contra mulheres indígenas
Para prevenir e combater a violência contra as mulheres indígenas nas 57 aldeias, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) vai reproduzir uma ação implantada pelo Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul (TJMS). Trata-se do projeto Kunhã Kuery! Nhãmbopaha Jeiko Asy que significa, na língua guarani, “Mulher! Chega de Violência”.
A coordenadora da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do TJSC, desembargadora Salete Sommariva, explica que a iniciativa tem o objetivo de conscientizar as 3.019 famílias indígenas distribuídas em 20 municípios catarinenses para a violência contra a mulher. O projeto pretende disseminar informações para os indígenas nas suas línguas de origem, através de conteúdos gravados e de cartilhas transcritas.
“O índice de violência contra as mulheres nas aldeias é grande e esse projeto vem para conscientizar os povos indígenas sobre os direitos das mulheres. A reprodução da violência contra a mulher não é uma tradição cultural e deve ser combatida também com educação. Vamos disponibilizar todo o material que possuímos para os povos indígenas de Santa Catarina, cada um com uma tradução específica para a sua etnia”, esclarece a desembargadora.
No estado, são 13.821 homens e mulheres distribuídos em 28 terras indígenas. Além do povo guarani, também existem as tribos xokleng e kaingang. Hoje, os guaranis ocupam, em sua maioria, terras localizadas na região litorânea. Os xoklengs, únicos dessa tribo no Brasil, vivem na terra indígena chamada Laklãno, localizada na região do Alto Vale do rio Itajaí. Já os kaingangs ocupam, atualmente, quatro terras indígenas na região oeste de Santa Catarina.
VIA CNJ
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