Portal vai ajudar professores a ensinar português para estrangeiros

Lisboa – Os docentes que ensinam a língua portuguesa para estrangeiros devem ganhar neste semestre o Portal do Professor Português Língua Estrangeira (PPPLE), um site com recursos pedagógicos para usar em sala de aula e nas tarefas dos alunos.

Especialistas da língua portuguesa estiveram reunidos ao longo desta semana em Florianópolis (SC) para analisar as unidades de ensino e propostas didáticas enviadas por professores dos países falantes do português (Angola, Brasil, Moçambique e Portugal). Cerca de 100 unidades para três níveis de proficiência na língua foram escolhidas para estar disponíveis inicialmente no portal.

site, em preparação há cerca de um ano, será para uso aberto, sem custos, disponibilizará conteúdo on linede ensino e banco de atividades nas diversas variáveis do idioma. Poderá ser enriquecido por usuários (como acontece com o Wikipedia). Atualmente, só duas vertentes do português são ensinadas a estrangeiros: a variável lusitana (a cargo do Instituto Camões) e a variável brasileira (a cargo dos centros culturais brasileiros).

De acordo com o diretor do Instituto Internacional da Língua Portuguesa, Gilvan Müller de Oliveira, a plataforma permite “um trânsito cosmopolita para o aprendizado”. Segundo ele, o portal foi elaborado “em ambiente de cooperação multilateral, em que os diferentes países trabalham com a mesma metodologia, com cada uma expressando a sua variedade nacional da norma do português e suas variedades culturais”.

Para Gilvan Müller, a participação conjunta na elaboração do portal “potencializa as bases geográficas da língua e inclui novos agentes na promoção do português. Isso permite, por exemplo, que “um sul-africano interessado em aprender português possa estudar com unidades preparadas por professores de Angola e Moçambique e não necessariamente do Brasil ou de Portugal”, comentou.

Conforme Edleise Mendes, presidente da Sociedade Internacional de Português Língua Estrangeira (Siple), entre os países “há diferenças de abordagem, de metodologia e de tradição de ensino”. Ela avalia que a diversidade do portal “vai impactar no desenvolvimento dos materiais” e permitir ensino com material “mesclado”. “Isso vai ser de uma riqueza muito grande. A disponibilidade de materiais e o contato com variedades do português antes era praticamente impossível. Precisávamos de uma orientação comum. A ideia é que as unidades sejam equivalentes e possam ser utilizadas de maneira equilibrada”, detalhou.

A expectativa dos organizadores é apresentar o portal na 2ª Conferência sobre o Futuro da Língua Portuguesa no Sistema Mundial, que ocorrerá no final de outubro em Lisboa, junto com o Vocabulário Ortográfico Comum da Língua Portuguesa, previsto no Acordo Ortográfico de 1990 e também a cargo do instituto internacional, de acordo com o chamado Plano de Ação de Brasília para a Promoção, a Difusão e a Projeção da Língua (2010).

“A segunda conferência é o momento de apresentação dos resultados de todo esforço que foi feito até aqui. É importante que esses projetos possam ser comentados”, disse Edleise Mendes à Agência Brasil. Apesar da expectativa, a programação da conferência que antecede a reunião dos chanceleres da Comunidade de Países da Língua Portuguesa, em novembro, não inclui a apresentação do portal e do vocabulário.

Fonte: Agência Brasil

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