Pesquisadora narra o esforço no resgate de uma língua indígena
Pesquisadora narra o esforço no resgate de uma língua indígena
A doutora em linguística, professora da UFMT, Áurea Cavalcante Santana, lança livro com o objetivo de documentar e preservar a língua Chiquitano.
Simone Alves
Diversos estudos que apontam que as línguas indígenas estão em extinção. No caso do povo Chiquitano, um grupo que habita o oeste de Mato Grosso no Brasil e o leste da Bolívia, antes da chegada da linguista, Áurea Cavalcante Santana, a língua mãe estava restrita aos anciões das comunidades visitadas por ela. Este foi apenas um dos desafios enfrentados pela pesquisadora, autora do livro “Línguas Cruzadas, Histórias que se Mesclam: Ações de documentação, valorização e fortalecimento da língua Chiquitano no Brasil”.
O livro mostra como um povo pôde sobreviver em meio a várias formas de colonização e preconceitos e que agora busca seu lugar neste mundo que tanto o subjugou. É um trabalho útil para linguistas e estudiosos de línguas indígenas, especialmente àqueles que se dedicam às políticas de educação para povos minoritários. “Resgatar uma língua é mais que registrar sua fonética e ortografia é trazer de volta à vida a identidade e visão de mundo de um povo”, avalia Áurea Cavalcante Santana.
O livro “Línguas Cruzadas, Histórias que se Mesclam: Ações de documentação, valorização e fortalecimento da língua Chiquitano no Brasil” foi lançado dia 22 de setembro, às 19h, durante o VI Seminário Povos Indígenas e Sustentabilidade: Saberes indígenas e a Contemporaneidade, realizado na UCDB, em Campo Grande-MS.
Acesse aqui a página do livro na Editora Paco Editorial.
Baixe aqui a tese de doutorado homônima, defendida pela autora no Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Goiás, em 2012.
Fonte: MS Ponto a Ponto