Igualdade de condições para a língua portuguesa no ensino público galego
Pela verdadeira implementação da língua portuguesa no ensino galego
Umas profissionais da docência apresentaram no passado dia 18 de outubro uma petição registada à Conselleria de Educación da Xunta da Galiza para solicitarem que, desde o organismo oficial e máximo responsável pela educação nos centros de ensino públicos da Galiza, tenham em consideração e seja requisito indispensável a formação em língua portuguesa e o bom desempenho comunicativo e estrutural nessa língua das pessoas profissionais da matéria à hora da atribuição de vagas para a realização de substituições e interinidades nos centros públicos galegos.
Esta petição realizada é de mínimos, já que, enquanto outras línguas contam com especialidade própria, departamento próprio, corpo docente próprio e, portanto, concurso-oposição próprio, no que diz respeito à matéria de português nada disto acontece nas escolas secundárias e centros de primária galegos.
Mesmo sendo a única língua com o apoio de uma lei (LEI 1/2014, de 24 de março, para o aproveitamento da língua portuguesa e vínculos com a lusofonia.) que, na teoria, a ratificaria em cheio como sendo a primeira língua estrangeira na Galiza de direito pleno, esta não consta nem sequer com especialidade própria nas escolas galegas. Tendo ainda o português na Galiza um Memorando de entendimento para a adoção do português como língua estrangeira de opção e avaliação curricular na Galizaassinado entre esta mesma administração pública e o Camões-Instituto da Cooperação e da Língua no ano 2015 que deveria ter vindo a ratificar esse fomento da língua portuguesa no sistema público galego mas que parece ter dado em águas de bacalhau.
Até o dia de hoje nunca foi convocada nem uma só vaga pública em concurso-oposição de língua portuguesa no ensino galego, por vezes, até em favorecimento de outras línguas.
Por tudo isto da DPG queremos mostrar o nosso apoio a esta iniciativa, felicitar as pessoas promotoras da mesma e fazer um chamamento a que sejam outros setores sociais como sindicatos, associações de ANPAS, associações de pessoas alunas, etc quem também reivindiquem este direito do que as galegas e galegos estamos sendo privados, ao direito a estudarmos uma primeira ou segunda língua estrangeira que nos é próxima, nos diz respeito e nos faria sairmos dos nossos estudos obrigatórios com uma competência plena e real em duas línguas estrangeiras e internacionais a nível mundial (supondo que o inglês continue como detentor da hegemonia linguística).
Eis o texto que foi registado:
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