Descoberto idioma falado apenas por 280 pessoas

Uma linguagem totalmente nova foi descoberta por um grupo de linguistas. Falada, aparentemente, apenas por um pequeno grupo de pessoas, na Malásia. Fora desse grupo a linguagem é completamente desconhecida.

Comunicar é fundamental

A linguagem é utilizada como forma de comunicar e partilhar informações, disso todos sabemos. Mas existem diferentes teorias sobre o surgimento da linguagem.

Enquanto uns entendem que surgiu espontaneamente na continuidade, desde os pré-humanos, outros afirmam que se trata de um traço humano único, nunca existente no Homem pré-humano.

Existem ainda outras teorias que veem a linguagem como uma faculdade inata, geneticamente codificada, como um sistema cultural, só possível de se aprender na interação social.

O Jedek, o novo idioma descoberto, é falado apenas num grupo composto por 280 pessoas. No decorrer da análise social efetuada a este pequeno grupo de pessoas, os pesquisadores descobriram outras características diferentes das sociedades que os rodeiam.

A comunidade falante do Jedek é mais equilibrada em termos de equidade de género, não fazendo distinção entre homens e mulheres, como se nota de forma vincada noutros povos da Malásia.

A diferença não está apenas na linguagem

A violência não é fator predominante entre eles e a competição entre crianças não é incentivada, o que faz com que isso se manifeste, de forma positiva, na maneira como comunicam.

Verbos que representem propriedade, como por exemplo, emprestar, roubar, comprar ou vender, não existem. Apenas falam em cooperação e compartilha.

A tribo, já tinha sido visitada anteriormente, mas até agora, ninguém tinha percebido o uso da linguagem. E, Niclas Burenhult e Joanne Yager, linguistas Suecos, fizeram-no quase por acaso, pois estavam a pesquisar outra região ali perto.

Infelizmente, estes tipos de linguagem perdem-se com facilidade. Com o passar do tempo e devido a serem faladas por tão poucas pessoas, estima-se que daqui a 100 anos, cerca de 3 mil idiomas se tenham extinguido por completo.

Contudo, o registo e a análise destas linguagens “terminais” servem como marco histórico para os estudos antropológicos e cognitivos, a história e cultura da humanidade. Para termos conhecimento da evolução da nossa espécie.

Fonte: SAPO

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