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Poder e preconceito

Valorização da diversidade linguística brasileira também passa pelo combate ao preconceito às variações no português criadas no país

Línguas indígenas. Línguas de origem africana faladas nos terreiros de candomblé e umbanda. Diversas comunidades de descendentes de imigrantes japoneses, alemães, italianos. O Brasil possui um rico cenário lingüístico e não é um país de uma única língua: os brasileiros não falam somente o português, como muitos gostam de imaginar. A polêmica é que, para muitos lingüistas, é preciso reconhecer e valorizar não só essas diversas línguas, além do português, faladas no Brasil, mas também as variações no próprio idioma, um patrimônio menosprezado.“Nossa identidade enquanto brasileiros passa pela valorização das variedades geográficas do português e também pelo reconhecimento das variedades sociais”, afirma Marta Scherre, linguista e professora adjunta da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Os sotaques regionais. As gírias e expressões criadas por jovens e outros grupos. Os empréstimos e as recriações de outras línguas no interior da “língua de Camões”. O “você” que vira somente “cê”, dentre milhares de outras palavras e expressões criadas pelos brasileiros no seus falares cotidianos. Língua é identidade e cultura e a valorização desses diferentes modos de se falar o português depende do combate a um fenômeno pouco debatido na sociedade brasileira: o preconceito linguístico.

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CAPES lança o Portal Comunidades

É com alegria que a Diretoria de Formação de Professores da Educação Básica – DEB/CAPES informa o lançamento do Portal Comunidades. O Portal é uma iniciativa da DEB com o intuito de ser um repositório das produções geradas no âmbito dos nossos programas.

 Este ambiente possibilitará o compartilhamento de materiais em vários recursos – animação/simulação,  áudio, experimentos práticos, teses, dissertações, livros, aulas, imagens, mapas, softwares educacionais e vídeos, em cinco categorias de produções: didático-pedagógicas, bibliográficas, artístico-culturais, desportivas e lúdicas e   produções técnicas, de manutenção e de infraestruturas.

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 Além do repositório, o Portal Comunidades oferecerá um espaço chamado Agenda de Eventos, para a divulgação de eventos dos projetos organizados pelas IES parceiras que ocorrem em todo o País.

 O OBEDUC será o primeiro Programa a ingressar no Portal.  Com parte do OBEDUC, o Observatório da Educação na Fronteira – OBEDF tomará parte dessa bela iniciativa.

 

Preconceito linguístico

O que seria? Ele existe? Se sim, qual a sua natureza? Na sua coluna de dezembro, o linguista Sírio Possenti caracteriza o preconceito linguístico, apresenta elementos factuais para desqualificar suas bases e questiona o sentido de ‘falar bem’.

Um dos debates mais quentes do ano foi sobre um livro didático acusado de ensinar regras de português erradas (na verdade, ninguém leu o livro; foram lidas algumas frases soltas de uma das páginas de um dos capítulos). A acusação mereceu diversas manifestações de especialistas, que tentaram mostrar que uma língua é um fenômeno mais complexo do que parece ser quando apresentada apenas em termos prescritivos.

 Fonte: Ciencia hoje

Um dos pequenos avanços da mídia (que, no quesito, representa grande parte da sociedade instruída) foi reconhecer que as teorias e as pesquisas linguísticas têm legitimidade. Mas acha que devem restringir-se à universidade. Para um linguista, tal posição equivale a sustentar que só se deve ensinar reprodução na universidade. Até o fim do colegial, deve-se ensinar aos alunos que as crianças são trazidas pela cegonha.

Um dos itens do debate foi o preconceito linguístico; questionou-se sua existência. Chegou-se a afirmar que a ‘defesa’ de traços da fala popular produziria como um dos efeitos um preconceito às avessas, contra os que falam corretamente. Foi uma das leituras mais desastrosas que a mídia conseguiu fazer da questão.

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Melhor aplicativo social do mundo ajuda na comunicação com surdos

Um aplicativo criado por três amigos brasileiros, do Estado de Alagoas, venceu o Oscar dos apps, o prêmio de melhor aplicativo social do mundo em 2013 promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU), com mais de 15 mil inscritos de mais de 100 países.

O Hand Talk (A Fala das Mãos, em tradução livre) faz, gratuitamente, a tradução automática do português para a Língua Brasileira dos Sinais (Libras). Lançado em julho deste ano, ele funciona em celulares e tablets com sistemas Android e iOS. Já teve mais de 80 mil downloads e fez mais de 3 milhões de traduções de áudio, texto e imagem.

As traduções para Libras são feitas pelo Hugo, um simpático intérprete virtual em animação 3D. A empresa, sediada em Maceió (AL), emprega 17 pessoas, sendo 2 deficientes auditivos e 3 intérpretes especializados na linguagem dos sinais.

O Brasil tem quase 10 milhões de surdos, de acordo com o último censo do IBGE, com diferentes graus de deficiência e necessidades. Só uma parte consegue se comunicar com a Libras. “É um outro idioma, que segue um contexto diferente do português, com morfologia, sintática e semântica próprias”, explica Ronaldo Tenório, 28 anos, um dos sócios e idealizador do aplicativo.

Para converter satisfatoriamente arquivos digitais em português para a Libras, a empresa teve o apoio da Universidade Federal de Alagoas, que pesquisa o idioma há mais de dez anos.

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MEC anuncia medidas para garantir direitos dos povos indígenas à educação

O programa nacional foi oficialmente pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, mas a portaria ministerial que instituiu o Pntee foi publicada em outubro

O Ministério da Educação (MEC) planeja contratar a ampliação, reforma ou a construção de ao menos 120 escolas indígenas até o final 2014. A iniciativa é uma das ações previstas no Programa Nacional dos Territórios Etnoeducacionais (Pntee) que, entre outras coisas, visa a ampliar e qualificar as formas de acesso dos índios à educação básica e superior. Os 120 projetos já foram aprovados, mas o prazo de execução pode variar de acordo com a localidade.

O programa nacional foi oficialmente apresentado nesta segunda-feira (25/11) pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, mas a portaria ministerial que instituiu o Pntee foi publicada no Diário Oficial da União do dia 31 de outubro.

O programa consiste no planejamento de um conjunto de ações ministeriais de apoio técnico e financeiro à educação escolar indígena. Cada iniciativa será articulada com governos estaduais e municipais, instituições de ensino superior, organizações indígenas e indigenistas e órgãos de governo, como a Fundação Nacional do Índio (Funai). A evolução e os resultados deverão ser acompanhadas pela Comissão Nacional de Educação Escolar, instituída pelo MEC.
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Lançado livro do VI Encontro Internacional de Investigadores de Políticas Linguísticas

Livro organizado a partir das conclusões dos trabalhos do VI Encontro Internacional de Investigadores de Políticas Linguísticas (VI EIIPL), realizado em Porto Alegre nos dias de  23 a 25 de setembro de 2013, acaba de ser lançado e é um importante estudo sobre as políticas Linguísticas na América do Sul.

O VI Encontro Internacional de Investigadores de Políticas Linguísticas (VI EIIPL), realizado em Porto Alegre, foi organizado pelo Programa de Políticas Linguísticas (PPL) do Núcleo Educação para a Integração (NEPI) da Associação de Universidades Grupo Montevidéu (AUGM).  O evento reúne pesquisadores de temáticas de políticas linguísticas de universidades membros da AUGM. Dá continuidade ao intercâmbio científico promovido por encontros similares anteriores, realizados em Curitiba (1995), Montevidéu (1997), Córdoba (2007), Santa Maria (2009) e Montevidéu (2011).

 São objetivos do VI EIIPL: reunir pesquisadores de temáticas de Políticas Linguísticas das universidades da AUGM; possibilitar a difusão coletiva dos diversos programas, projetos ou linhas de investigação em temáticas de Políticas Linguísticas implementados pelos pesquisadores, fomentando o intercâmbio; estabelecer ou consolidar conexões e vínculos para empreendimentos conjuntos entre pesquisadores e universidades, sobre a base de um planejamento de programa consensuado entre os participantes.

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