Leituras Recomendadas

Brasil é 3º país em número de línguas em risco de extinção

O Brasil é o terceiro país do mundo com o maior número de línguas ameaçadas de extinção, segundo a nova edição do Atlas Interativo de Línguas em Perigo no Mundo, apresentado pela Unesco.

O Atlas, acessível a partir no site da Unesco, reúne 2,5 mil línguas ameaçadas no mundo, que podem desaparecer até o final deste século.

Segundo o levantamento, feito por 25 linguistas, 190 línguas indígenas correm risco de desaparecer no Brasil, sendo que 45 delas foram classificadas na categoria de risco mais elevado.

Dois exemplos são o kaixána, falado por apenas 1 pessoa em Japurá, no Amazonas, e o mawayana, preservado por somente 10 indígenas, na fronteira com a Guiana.

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O ensino do português em áreas de fronteira

É realmente uma empreitada das mais complexas o ensino do português nas áreas de fronteira, sejam elas étnicas ( no caso de povoamentos indígenas) ou entre países ( como no caso da fronteiras do MERCOSUL, coma relação entre a língua portuguesa e a espanhola). Resolver os problemas de lecionar o português neste tipo de situação e passar o conhecimento da língua para as populações inseridas neste contexto torna-se mais do que nunca vital para uma melhor inclusão destes povos num mundo cada vez mais globalizado e reforçar os laços de cooperação mutua.

De fato vivemos num pais monolinguista (a língua do estado brasileiro oficialmente é o português). Mas nestas áreas de fronteira as línguas minoritárias fazem parte do cotidiano da população, são heranças e traços culturais enraizados em seu modo de viver. O ensino da língua portuguesa é necessário para a inclusão desta camada da população para o acesso a educação, saúde, emprego e tantos outros bens essências a vida. Cabe então que a política aplicada no ensino nesta situação referida seja comprometida tanto quanto ao aprendizado eficaz e produtivo do português, sem, no entanto esquecer-se da importância que a língua herdada das tradições dos povos em situação de risco perante a opressão e  opulência cultural da língua oficial do estado nacional.

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As línguas Ameríndias

Se o espanhol e o português são línguas essenciais para as relações econômicas da América Latina e em temas de redes e comunicação, do ponto de vista do patrimônio cultural não há que esquecer das línguas chamadas “indígenas”.  Não obstante, há que levar em conta que o espanhol e o português nem sempre se mantiveram afastados das línguas indígenas. Eventualmente misturaram-se com elas, tomaram algumas e as adaptaram. Deixaram outras e se adaptaram ao meio, assim como a população, pois a linguagem vive, cresce e se adapta.

As chamadas línguas indígenas constituem um bem histórico, único, às vezes escasso, muitas vezes em perigo de desaparecer. Tão necessárias de proteção como possa ser um patrimônio arqueológico ou musical. Portanto, sua recuperação e manutenção são obrigatórias.

As principais línguas indígenas da América Latina são o guarani, o aimara (aymara), o quechua (+quichua), o náhuatl e o maya. A quantidade de falantes é difícil de se assegurar, e os dados variam de fontes para outras. Pegamos os dados encontrados na Wikipedia.


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Escrita, língua portuguesa e poder em Moçambique

A pequena nação, a nação da escrita, é absolutamente minoritária em Moçambique, escreve Mia Couto, relatando o caso de um camponês julgado em tribunal por desrespeito para com uma petrolífera estrangeira. «O que aconteceu na sala (…) não é senão a tradução dessa espécie de nova trindade: escrita, língua portuguesa e poder são os três nomes de uma mesma hegemónica entidade.» Crónica publicada na revista África 21 de Dezembro-Janeiro de 2013, sob o título original “Um cabrito para uma multinacional”, que a seguir se transcreve na íntegra, com a devida vénia ao autor e à revista dirigida por Carlos Pintos Santos.

Existe em Moçambique um desafio enorme em balancear o valor e a legitimidade da expressão escrita e oral. Somos uma sociedade que fala. As coisas são o que são porque se convertem em palavra e verbo. O que está escrito e é sagrado para outras sociedades possui aqui uma vivência diferente e restrita. Mudanças económicas sucedem-se a um ritmo acelerado e investimentos estão ocorrendo em regiões rurais onde domina em absoluto a oralidade e as línguas de origem africana.

Relato aqui um desses episódios que traduz bem esse divórcio de mundos. Um camponês que conhecia já antes veio ter comigo para me contar as suas recentes desventuras. Ele tinha sido acusado de desrespeito para com os investidores estrangeiros. O homem tinha-se excedido numa discussão com a empresa petrolífera que o havia contratado. As autoridades locais julgaram que era preciso tomar medidas para tranquilizar os estrangeiros. Um «tribunal popular» iria julgá-lo no dia seguinte. Autorizaram que eu assistisse ao julgamento. O edifício do tribunal era um dos três únicos construídos em alvenaria e escolhera-se aquele cenário para emprestar dignidade à instituição. Mas era melhor que o não tivessem feito. O estado do pequeno edifício era da mais miserável decadência. Havia rombos no telhado de zinco, não havia portas nem janelas. Para mim seria preferível terem escolhido uma das palhotas de colmo da aldeia. Todavia, naquela aldeia, os lugares são medidos por outros critérios. E aquele edifício albergava espíritos vindos de muito longe e de há muito tempo.

http://www.girafamania.com.br/selos2/mozambique1985.jpg Leia Mais

A carta das línguas minoritárias e suas vulnerabilidades na Europa

O recente Congresso Internacional sobre Línguas Ameaçadas realizado no Minde trouxe à tona a necessidade de medidas imediatas para reverter a situação de mais de uma centena de  línguas em perigo de extinção na Europa. As discussões propostas nos convidam a aprofundar o debate, relembrando os preceitos da Carta Europeia das Línguas Regionais ou Minoritárias.

A Carta Europeia das Línguas Regionais ou Minoritárias é um tratado europeu (CETS 148) adotado em 1992 pelo Conselho Europeu para promover e proteger as línguas regionais e minoritárias históricas da Europa. Aplica-se somente aos idiomas empregados tradicionalmente (excluindo, portanto, idiomas empregados pela imigração recente de outros continentes), que possuem diferenças significativas com a língua majoritária ou oficial. Visa a salvaguarda dos direitos humanos e da democracia pluralista, através da regra de direito

As línguas que são oficiais em regiões ou províncias de unidades autônomas em um estado descentralizado (como o catalão, o galego o basco e o aranês na Espanha) não estão classificadas como línguas oficiais do estado e, portanto, podem se beneficiar da Carta. Estima-se que cerca de 40 milhões de cidadãos europeus utilizam regularmente línguas regionais ou minoritárias, sendo que a Unesco calcula que cerca de 30 linguas europeias minoritárias ameaçada.

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Por una soberanía idiomática

Escritores, intelectuales y académicos, entre otros, plantean “la necesidad perentoria de establecer una corriente de acción latinoamericana que recoja la pregunta por la soberanía lingüística como pregunta crucial de la época”. Proponen la creación de un Instituto Borges y la apertura de un foro de debate en el Museo del Libro y de la Lengua.

Por  * Irene Agoff / Susana Aguad / Jorge Alemán / Fernando Alfón / Germán Alvarez / María Teresa Andruetto / Julián Axat / Martín Baigorria / Cristina Banegas / Silvia Battle / Diana Bellessi / Gabriel Bellomo / Carlos Bernatek / Emilio Bernini / Esteban Bér

El lema actual de la Real Academia Española (RAE) es “Unidad en la diversidad”. Lejos del purista “Limpia, fija y da esplendor”, el de hoy anuncia la mirada globalizadora sobre el conjunto del área idiomática. Podría entenderse como enunciado referido al carácter pluricéntrico del español, pero como al mismo tiempo la RAE define políticas explícitas en la conformación de diccionarios, gramáticas y ortografías, el matiz de “diversidad” que propone termina perdiéndose en el marco de decisiones normativas y reguladoras que responden a su tradicional espíritu centralista. Las instituciones de la lengua son globalizadoras cuando piensan el mercado y monárquicas cuando tratan la norma. La noción pluricéntrica, entendida en sentido estricto (diversos centros no sometidos a autoridad hegemónica), queda cabalmente desmentida entre otros ejemplos por el Diccionario Panhispánico de Dudas (2005), en el que el 70 por ciento de los “errores” que se sancionan corresponde a usos americanos. El mito de que el español es una lengua en peligro cuya unidad debe ser preservada ha venido justificando la ideología estandarizadora, que supone una única opción legítima entre las que ofrece el mundo hispanohablante.

Leia o texto na integra: http://www.pagina12.com.ar/diario/elpais/1-229172-2013-09-17.html

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