Bolivianos aprendem língua portuguesa em Guajará-Mirim, RO

Projeto foi intitulado como ‘Mãos que acolhem e ensinam’. Cerca de 20 acadêmicos de pedagogia da Unir participam do projeto.

Onze bolivianos que moram em Guajará-Mirim (RO), município que está localizado na fronteira com a Bolívia, estão aprendendo língua portuguesa na Escola Estadual Durvalina Estilbem de Oliveira, área central da cidade. As aulas fazem parte do projeto de extensão da Universidade Federal de Rondônia (Unir) “Mãos que acolhem e ensinam: afetividade para jovens e adultos imigrantes”.

As 60 horas de aula estão sendo ministradas três vezes por semana por duas professoras do Campus da Unir de Guajará-Mirim e também por 20 acadêmicos de pedagogia da Universidade. De acordo com a coordenadora do projeto, mestre em ciências da linguagem, Zuila Guimarães, o principal objetivo é acolher o imigrante, que na maioria das vezes fala o português, mas não escreve nem lê o idioma.

“A maioria dos nossos alunos é pai ou mãe de crianças e adolescentes que estudam o ensino fundamental nessa escola. Aqui eles são alfabetizados, mas também usamos a técnica de letramento para a prática social”, explica Zuila.

Segundo a coordenadora, os alunos bolivianos aprendem também assuntos relacionados a realidade deles, leis que podem ajudar no processo imigratório, direitos que tem no setor de saúde pública no Brasil e também a respeitar as leis brasileiras que muitas vezes são diferentes das bolivianas.

“É um desafio, pois aqui temos pessoas que não falam nada em português e as que não sabem escrever nem em espanhol e muito menos em português, mas é muito gratificante ver o avanço deles ao longo dos dias”, comemora a professora.

A ajudante de serviços gerais, Arminda Noza, que mora no Bairro Cristo Rey tem uma filha que estuda na escola e está participando das aulas há uma semana. Ao G1 ela disse que antes do curso se sentia muito insegura para conversar com os brasileiros, mas agora já aprendeu palavras novas. “Antes passava até vergonha, principalmente no meu trabalho, agora estou falando com mais segurança e as professoras ensinam a gente com muita calma”, disse a boliviana.

A dona de casa Yandira Vargas, que mora no Brasil há 10 anos conta que no início achou o curso difícil. “A língua portuguesa é muito difícil, mas aprender o português vai facilitar meu dia-a-dia”, comenta a dona de casa.

Se para as alunas bolivianas o curso está sendo muito gratificante, imagine para a estudante do 8º período de pedagogia Jordana da Silva Ramos, que além de ensinar português, está aprendendo a língua espanhola. “Eu ganhei uma bolsa de estudos para acompanhar o projeto de perto é muito bom ensinar esses homens e mulheres o nosso idioma. Além de repassar o português estou aprendendo espanhol. Os dois acabam aprendendo”, finaliza a acadêmica.

As aulas encerram no mês de fevereiro de 2014 e os alunos receberão certificado de conclusão do curso.

Fonte: G1

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