Amazonas terá primeira escola pública bilíngue com idioma japonês, a ser inaugurada no início do ano letivo na rede estadual de ensino

Foto: Valdo Leão/Secom

Foto: Valdo Leão/Secom

Experiência pioneira em ensino bilíngue do japonês em colégios públicos brasileiros, a Escola Estadual de Tempo Integral Djalma da Cunha Batista, na zona leste de Manaus, será inaugurada marcando a abertura do ano letivo da rede estadual de educação em 2016. O anúncio foi feito pelo governador José Melo em janeiro, durante visita à obra da escola antes da entrega para a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) pela construtora. A volta às aulas dos mais de 515 mil estudantes do Amazonas ocorrerá no dia 15 de fevereiro em todo o Estado.

Tradicional escola amazonense inaugurada em 1980, a escola estadual Djalma da Cunha Batista está localizada na avenida General Rodrigo Octávio, nº 1600, bairro Coroado I, em frente à Universidade Federal do Amazonas (Ufam), e recebeu investimentos da ordem de R$ 10,5 milhões para ser adaptada ao modelo de educação de tempo integral. É também a primeira escola pública com o modelo de ensino bilíngue do japonês na educação básica do País, trabalho desenvolvido em parceria com o Consulado do Japão, Associação Nipo-Brasileira da Amazônia Ocidental (Nipaku) e o curso de Língua Japonesa da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

“Essa escola foi transformada, renasceu das cinzas, ao ser totalmente reformada e ampliada ganhando vários tipos de mudanças para passar a funcionar no modelo de ensino integral. Em homenagem a essa beleza toda, vamos abrir o ano letivo aqui. Mas não estamos fazendo só esta escola, temos outras 70 escolas que estão sendo construídas e reformadas pelo meu governo, além das escolas de tempo integral”, ressaltou José Melo.

Além de ensinar o idioma, a escola bilíngue será referência no acesso à cultura japonesa. A iniciativa também está em consonância com a forte presença de empresas do Japão no Polo Industrial de Manaus. Quarta maior colônia do Japão no Brasil, o Amazonas tem cerca de 160 mil descendentes e é uma das rotas estratégicas para investimentos de capital japonês no País, com 32 empresas em operação no Estado. Segundo o secretário estadual de educação, Rossieli Soares, a ideia é contar com investimentos das empresas em projetos dentro da escola. As tratativas estão em andamento.

“Nós temos uma série de projetos encaminhados nesse sentido e temos a parceria firmada com o Consulado Japonês no financiamento dos projetos. Essa é uma escola muito importante nas relações com o governo japonês porque será a primeira escola pública do Brasil a ser bilíngue no idioma. Teremos um laboratório específico de língua financiado pelo governo japonês”, frisou o secretário de educação.

Além de aprender o idioma, os alunos também vão estudar algumas disciplinas tanto em português quanto no japonês. Um currículo escolar especialmente elaborado, com materiais didáticos e ambientes para o aprendizado da cultura do país asiático serão desenvolvidos. “Os alunos terão a formação integral nas duas línguas. Não é só ensinar a língua japonesa, mas trazer a cultura e permitir que o aluno saia com aprendizado diferenciado”, disse Soares.

Este ano, o Governo do Amazonas também começa a desenvolver projetos de escolas bilíngues em inglês, espanhol e francês para implementação das escolas no ano que vem, de acordo com o titular da Seduc.

Escola Djalma Batista – A Escola Estadual de Tempo Integral Bilíngue Português/Japonês Professor Djalma da Cunha Batista passa a contar com 19 salas de aula, salas de leitura, quadra poliesportiva, piscina semiolímpica, auditório, biblioteca, sala de artes, laboratório de ciências, brinquedoteca, videoteca, laboratório de informática, refeitório, sala de jogos, gabinete odontológico, enfermaria, sala de descanso e academia. Todo o espaço escolar é adaptado para o atendimento a pessoas com necessidades especiais.

A escola receberá 760 estudantes, oferecendo atendimento educacional na modalidade de tempo integral em ensino fundamental do 6º ao 9º ano. A instituição de ensino contará ainda com 50 profissionais, sendo 40 professores e dez servidores administrativos.

Fonte: Governo do Estado do Amazonas

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