Alunos de Lousada vão poder ter aulas de mandarim

Segundo a Câmara de Lousada está prevista a criação de duas turmas já este ano lectivo constituídas por 18 a 20 alunos do 2.º e 3.º ciclo

A Câmara de Lousada pretende avançar com aulas de mandarim em algumas escolas do concelho, já no próximo ano lectivo. O objectivo é dar aos jovens ferramentas que os ajudem a competir num mercado cada vez mais global.

A introdução do mandarim, uma das línguas mais faladas na China, nos estabelecimentos de ensino, nomeadamente no 2 e 3.º ciclo, está, para já, a funcionar a título experimental.

No passado dia 12 de Junho decorreu, na Escola Básica e Secundária Mário Fonseca, uma aula com cinco professoras do Instituto Confúcio, instituição que tem como finalidade dar a conhecer as tradições, usos e cultura deste país do continente asiático.

OBJECTIVO É DAR FERRAMENTAS AOS JOVENS PARA COMPETIR NUM MERCADO GLOBAL

O vereador da Educação da Câmara de Lousada, António Augusto, adiantou ao Verdadeiro Olhar que o executivo municipal pretende, já este ano lectivo, arrancar com duas turmas, com 18 a 20 alunos, e constituir posteriormente uma turma de mandarim por ano.

“Trata-se de uma experiência que não é transversal, está direccionada para os alunos do 2.º e 3.º ciclo e que será ministrada aos estudantes que solicitem interesse e se sintam motivados para aprender o mandarim”, disse.

Além de dar a conhecer um pouco da cultura chinesa e ensinar a fazer origamis, desenhar alguns caracteres e a participar na cerimónia do chá, António Augusto defendeu que a introdução da língua nas turmas do 2.º e 3.º ciclo tem como objectivos facultar aos discentes ferramentas ao nível do conhecimento que permitam aos estudantes competir num mercado cada vez mais global.

O vereador justificou a decisão da autarquia com a afirmação da China como potência mundial e a deslocação da actividade económica para a Ásia.

O responsável pelo pelouro da Educação lembrou ainda que o mandarim tem um universo de falantes significativo, é a língua com maior número de falantes nativos e a segunda língua estrangeira mais estudada do mundo. António Augusto realçou, também, que o mandarim é, presentemente, uma língua com relevância entre estudantes e profissionais, assumindo uma importância acrescida nas relações comerciais entre diversos países e que abre as portas para uma imensidão de possibilidades no território chinês.

A iniciativa conta com a colaboração com o Instituto Confúcio de Braga (Universidade do Minho) e resulta de uma candidatura da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa.

As aulas são gratuitas e vão funcionar em horário pós-laboral.

Fonte: Verdadeiro Olhar

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