A forma de ver as cores pode mudar dependendo do idioma que você fala

Aprender uma nova língua pode até mesmo alterar a maneira como nosso cérebro processa as tonalidades

Cores_pintura_visão (Foto: Pixabay)

A forma de ver as cores depende da língua que falamos. É o que mostrou um estudo publicado na PNAS, revista oficial da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos. De acordo com os pesquisadores, a percepção das cores está muito menos relacionado ao que vemos e muito mais relacionada à forma como nosso cérebro as interpreta.

Os cientistas destacam que desde que nascemos, aprendemos a categorizar objetos, emoções e cores usando a linguagem. Segundo eles, nossos olhos podem perceber centenas de cores, que dividimos em categorias para identificar e atribuir um significado. 

Grupos de diferentes idiomas e culturas dividem o espectro de cores de maneira diferente. Algumas línguas como dani, falada em Papua-Nova Guiné, e bassa, usada na Libéria e Serra Leoa, por exemplo, têm apenas dois termos para se referir as cores: escuro e claro ou fria e quente. Cores como preto, azul e verde são apresentadas nesta língua como frias, enquanto branco, vermelho, laranja e amarelo são as quentes.

Os pesquisadores também afirmam que a maneira que percebemos as cores pode mudar ao longo da vida. Pessoas que falam grego, por exemplo, usam dois termos diferentes para descrever azul claro e escuro: “ghalazio” e “ble”. Ao viverem por longos períodos em países de língua inglesa – onde ambas os tons são descritos apenas como azul – esses indivíduos são mais propensos a ver essas tonalidades de maneira semelhante. Isso ocorre porque depois de uma longa exposição diária ao inglês, o cérebro dessas pessoas começa a interpretar o “ghalazio” e “ble” como parte da mesma categoria de cores.

Mas isso não acontece apenas quando falamos em cores. Pesquisadores do laboratório da Lancaster University estão investigando como o uso de diferentes línguas muda a maneira com que percebemos objetos de nosso dia a dia. Segundo eles, aprender uma nova língua é como dar a nosso cérebro a habilidade de interpretar o mundo de uma maneira diferente.

Fonte: Época Negócios

Deixe uma resposta

IPOL Pesquisa
Receba o Boletim
Facebook
Revista Platô

Revistas – SIPLE

Revista Njinga & Sepé

REVISTA NJINGA & SEPÉ

Visite nossos blogs
Forlibi

Forlibi - Fórum Permanente das Línguas Brasileiras de Imigração

Forlibi – Fórum Permanente das Línguas Brasileiras de Imigração

GELF

I Seminário de Gestão em Educação Linguística da Fronteira do MERCOSUL

I Seminário de Gestão em Educação Linguística da Fronteira do MERCOSUL

Clique na imagem
Arquivo
Visitantes