Ministro afirma desejo de Angola aprofundar reflexão sobre acordo ortográfico
Para o ministro da Educação, Pinda Simão, os aspectos de interesse de Angola relativamente ao acordo ortográfico prendem-se com a diversidade de línguas no país, que refletem uma componente cultural importante que deve ser salvaguardada.
Luanda – O ministro angolano da Educação, Pinda Simão, afirmou esta sexta-feira, em Luanda, que Angola não está contra o Acordo Ortográfico de Língua Portuguesa de 1990, mas quer aprofundar a sua reflexão para facilitar a sua implementação e salvaguardar aspectos de interesse do País.
Língua portuguesa em “aperfeiçoamento” na China
A professora da Universidade de Línguas Estrangeiras de Pequim, Zhao Hong Ling, está em Macau e refere que os professores de Português no Continente são muito jovens. “Só quando temos bons professores é que podemos formar melhores alunos”, lembra. O presidente do Instituto Politécnico concorda. Zhao Hong Ling, professora da Universidade de Línguas Estrangeiras de Pequim, defendeu ontem em Macau que o ensino de português está em “aperfeiçoamento” na China, e que, nesta fase, é preciso apostar na formação dos docentes e materiais didáticos.
“Há formas diferentes de ver o acordo ortográfico”
O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação português considera que existem “formas diferentes” de ver o Acordo Ortográfico, mas, em vez da “dessintonia” na adesão ao novo instrumento da língua, prefere destacar o seu valor econômico.
Francisco Almeida Leite, que regressa hoje a Portugal, após uma visita oficial de cinco dias a Angola, a primeira na qualidade de membro do Governo que passou a integrar em abril passado, disse, em entrevista à Lusa, que a língua portuguesa não é propriedade de Portugal.
Mais de 5.000 alunos aprendem português nas escolas de Macau
Mais de 5.000 alunos de Macau estão atualmente a aprender português como disciplina regular ou extracurricular nas escolas locais, de acordo com dados facultados pelos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) à agência Lusa.
No corrente ano letivo, um total de 2.144 alunos, distribuídos por nove escolas oficiais de Macau têm o português integrado no currículo. Outros 1.641 alunos frequentam cursos de língua portuguesa como disciplina regular ou complementar em 16 escolas particulares, cujo ensino é veiculado em língua chinesa ou inglesa, enquanto 520 alunos frequentam duas escolas particulares de língua veicular portuguesa, a Escola Portuguesa de Macau e o Jardim de Infância D. José da Costa Nunes.
O papel da língua portuguesa: o português em debate na Sorbonne
Entre o português como língua de trabalho e como língua de cultura, o objetivo é fazer com que o português deixe de ser visto em França “como uma língua de imigração”.
Quarenta anos depois do grande fluxo migratório que chegou a fazer da capital francesa a segunda maior cidade portuguesa, é ainda preciso “quebrar de vez com a ideia do português como língua minoritária, de imigração”, diz Isabelle Oliveira, diretora da Faculdade de Línguas, Civilizações e Sociedades da Sorbonne e presidente do comitê organizador do Congresso Internacional de Língua e Culturas Lusófonas no Mundo, a decorrer na terça e quarta-feira em Paris, entre o Instituto do Mundo Anglófono da Sorbonne e a sede da UNESCO, co-organizadora do evento. Este encontro, ao contar com a presença de representantes dos países de língua portuguesa e institudos como a CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) e o IILP (Instituto Internacional da Língua Portuguesa) pretende questionar e refletir sobre o valor da língua e como estimular seu uso no mundo.
Estímulo ao ensino da língua portuguesa
O Governo de Macau deve estimular a aprendizagem do português nas escolas e “pensar” em acrescentar uma disciplina de língua portuguesa no ensino secundário complementar, defenderam ontem três deputados à Assembleia Legislativa.