Indígenas reinvindicam melhorias na educação em audiência no MEC

Índios das etnias pataxó e tupinambá estão em Brasília há cerca de uma semana para encontros com representantes de diferentes órgãos públicos

Cerca de 30 índios, das etnias pataxó e tupinambá, provenientes da região sul da Bahia, reuniram-se com o secretário de Educação Superior, Amaro Lins, e o assessor especial Márcio Meira, do Ministério da Educação, em audiência nesta quinta-feira, 29.

Os indígenas pediram melhorias na educação básica e superior em suas aldeias, solicitando providências e posicionamentos do órgão. As discussões giraram em torno de temas como: acesso às universidades, menos burocracia e mais verbas para políticas de assistência estudantil nas universidades.

De acordo com o secretário de Educação Superior do MEC, as condições de vida dos índios diferem de todos os outros perfis de público e, por conta disso, é importante tratar da questão indígena dentro da educação de forma particular. Amaro Lins lembrou que volume de recursos destinados ao Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) cresceu de maneira substancial nos últimos anos.

“Com a Lei de Cotas vamos ampliar ainda mais os investimentos neste programa”, destacou Lins, ressaltando que, para o próximo ano, serão mais de R$ 600 bilhões destinados ao Pnaes. O secretário lembrou, também, que haverá tutoria aos estudantes que ingressarem por meio das vagas reservadas legalmente. Esta foi uma das reivindicações da pataxó Sirlene Lopes, estudante do curso de enfermagem.

Márcio Meira frisou que, nos últimos anos, a quantidade de indígenas no ensino superior cresceu. “A perspectiva é de aumento com a Lei de Cotas e boa parte dos estudantes indígenas que serão beneficiados vivem em aldeias”, disse. Na audiência também foram levantadas questões como a situação das escolas localizadas em aldeias, professores, transporte escolar, livros didáticos, entre outros temas ligados à Educação Básica.

Representantes indígenas realizam audiências com políticos, em Brasília, há cerca de uma semana, reivindicando melhorias em suas comunidades. Eles vieram à capital federal com o intuito de serem recebidos em órgãos públicos como os Ministérios da Educação, Justiça, Saúde, Desenvolvimento Social e Combate à Fome, bem como a Fundação Nacional do Índio (Funai).

Fonte: IG

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