Espanha lança versão resumida e barata de guia ortográfico escolar

Livro de 5 euros reúne padronização da escrita na língua espanhola.  Objetivo é unificar forma de escrever de espanhois e latinos-americanos.

A Real Academia Espanhola vai lançar um manual escolar em versão resumida e com a síntese das regras de ortografia do espanhol, em uma linguagem clara e simples. O manual tem apenas 63 páginas e está sendo vendido a 5 euros na Espanha. Ele será vendido em países latino-americanos ainda este ano. O livro será apresentado em outubro no Congresso Internacional de Linguagem, no Panamá.

A “Ortografia escolar da língua espanhola” mantém as regras publicadas na edição completa de 2010, incluindo as regras que causaram controvérsia como a supressão do acento em monossílabos como ditongo ortográfico como guiontruhan Sion.

Também causou um rebuliço a recomendação para remover o acento no advérbio solo (somente) e nos pronomes demonstrativos. E foi o desejo controverso para unificar as diferentes denominações em cada país para  as  letras do alfabeto. A letra “y”, por exemplo, é chamada de ye ou de i griega. Também a letra “v” pode ser chamada de beve ou uve”, e o “w” poderá ser chamado de acordo com o costume em cada país uve dobleve dobledobre uve ou doble ve.

Como destacou à Agência Efe o professor espanhol Salvador Gutierrez, coordenador das diferentes edições da Ortografia, o novo manual tenta fazer ficar “mais perto e mais fácil” para todos os alunos de língua espanhola. “Destina-se a todas as crianças e jovens com idades entre 10 anos e pode ser útil para qualquer idade”, diz Gutiérrez, professor de linguística na Universidade de León.

A Ortografia explica ainda que, no espanhol, o prefixo “ex” deve ser escrito junto com o substantivo quando a palavra vem sozinha: “exmarido”, “exministro”, “expresidente”. Mas quando é uma palavra composta, deve se usar o hífen: “ex-capitão geral”.

Já as palavras que representam títulos de nobreza, militares ou religiosos devem vir sempre em letra minúscula: rey (“rei”), reina (“rainha”) e papa.

A Academia da Língua Espanhola admite que se dispense o uso de maiúsculas nos diálogos de bate-papo na internet e nas mensagens por celular (SMS), mas diz que toda comunicação eletrônica deve aplicar com rigor as normas ortográficas. “O que favorece a falta do uso destas normas é a ausência da prática e de horas dedicadas a escrever corretamente na escola, em casa e individualmente”, diz Gutierrez.

Fonte: G1

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