‘Confluência normativa’ aprovada por unanimidade

gaega

Foto disponível PGL

Assembleia da AGAL apoia texto que reúne todos os usos gráficos do reintegracionismo moderno

A Associaçom Galega da Língua (AGAL) aprovou dia 3 de dezembro em assembleia o texto que recolhe a confluência das duas tradiçons normativas que coexistiam no reintegracionismo, que a partir de hoje contará com umha única proposta ortográfica e morfológica. Ortografia Galega Moderna convergente com o português no mundo(nome provisório) será lançada em app para telemóvel e numha wiki-faq, onde já se encontra umha primeira versom que também será editada em livro (com exercícios práticos) no próximo mês de janeiro.

 

Desde o nascimento do movimento reintegracionista contemporáneo, conviviam nele duas sensibilidades, com usos gráficos mais ou menos convergentes com o português no mundo. Em termos normativos, isto refletia-se no uso de duas normas independentes, cujas principais discrepáncias entre si era o uso de formas divergentes para o indefinido feminino (uma/umha) e para a terminaçom que na Galiza pronunciamos –om/-am, que havia quem escrevesse com til (ão) e quem nom (om/am).

Na prática, a confluência normativa implica umha ampliaçom das velhas normas da AGAL, que passam a incluir mais algumhas duplicidades, aquelas que estám justificadas nos usos conscientes das pessoas reintegracionistas. Ainda, dentre as duplicidades que já tinha esta norma, serám relegados alguns traços gráficos que nom se justificam no uso atual do reintegracionismo (como oç no início de palavra ou a forma irmám acabada em –am).

O processo é em certo modo paralelo ao sofrido pola própria normativa ILG-RAG do galego em 2003, em que agora convivem as terminaçons ble-bel ou eria-aria. Com este passo, a associaçom admite que a “normativa” deve acompanhar a realidade, admitindo os usos reais, porquanto era evidente que cada vez mais reintegracionistas faziam uso de formas que nom recolhia a norma da AGAL agora ampliada.

Para a AGAL, as pequenas discrepáncias que exibiam as duas tradiçons gráficas deixaram de justificar que fossem mantidas duas normas independentes. Por isso, será divulgado um novo texto normativo de carácter orientativo que se insere na tradiçom de línguas que, como o inglês, nom contam com normas prescritivas (apenas descritivas), com duplicidades que só o uso das pessoas irá resolvendo.

Para obteres mais informaçom sobre a nova proposta ortográfica da AGAL podes consultar o textoaquinomeadamente o primeiro capítulo: “Esclarecimentos prévios”.

Para além deste ponto, a AGAL também aprovou no Paço da Cultura de Ponte Vedra (por ocasiom do Culturgal) os objetivos estratégicos e os orçamentos do ano 2017.

Já na parte da tarde fôrom lançadas algumhas novidades da Através Editora no espaço livros do Culturgal, num dos atos mais concorridos e aplaudidos da tarde. Concretamente fôrom apresentados conjuntamente Bolcheviques (volume coordenado por Teresa Moure e editado junto com Xerais), O Penálti de Djukic (Carlos Taibo), A imagem de Portugal na Galiza (Carlos Quiroga) eA imagem da Galiza em Portugal (Carlos Pazos), que estivérom à venda na banca que a Através Editora montou nesta feira das indústrias culturais galegas.

Fonte: Portal Galego da Língua


 

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