Um relatório do governo da Finlândia admite que as línguas fora do finês não estão suficientemente protegidas

Os direitos das falantes de sueco e de sami teriam de melhorar, diz o texto

Um relatório do governo finlandês sobre a aplicação da legislação linguística concluiu que os direitos linguísticos das pessoas falantes de línguas diferentes do finês não estão suficientemente protegidas no país. O relatório, preparado pelo ministério da Justiça, encontrou “defeitos” nos direitos das falantes de sueco na hora de conseguir serviços das autoridades na sua língua. Fato especialmente chocante, visto que o sueco é uma das duas línguas oficiais da República da Finlândia.

As falantes de sami também estão afetadas por esta carência de implementação dos direitos linguísticos. Segundo o relatório, tem havido alguns progressos, mas em geral as autoridades ainda não estão preparadas para dar todos os serviços que faria falta às falantes de sami na área tradicional de povoamento deste grupo nacional. A situação complica-se ainda mais pelo fato que haja três línguas samis oficialmente reconhecidas: o sami setentrional, o sami inari e o sami skolt. O relatório reconhece que a Finlândia não respeita totalmente os direitos linguísticos do povo sami, especialmente com respeito às pessoas falantes de sami inari e sami skolt.

De outra banda, o texto aponta que se produziu um incremento no número de residentes na Finlândia que têm o russo e o estônio como línguas maternas. Neste sentido, o relatório diz que tem havido um incremento de serviços em russo, especialmente na zona oriental da Finlândia.

Fonte: Portal Galego da Língua

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